De "Clube Majestoso" à derrocada criminosa

O Grêmio Esportivo Niterói, fundado no dia 30 de junho de 1933, sob o signo de Câncer, no exato dia em que todos comemoram meio ano o "Clube Grená" comemorava mais um, foi o clube social de Canoas que consegiu, além de um singular quadro associativo, a melhor estrutura social, com uma bela e bem montada sede social, com salão de festas complementado com um palco e um mesanino, e mais uma espaço que tempos depois foi transformado na Boite Bayukas. Um conjunto de três piscinas: infantil, infanto-juvenil e outra semi-olímpica e mais o ginásio de esportes adequadamente preparado para grandes eventos, com palco e mesanino.

Além dos belos e inesquecíveis bailes, jantares de casais organizados sob o signo da Comenda do Pepino, o carnaval foi um grande sucesso. Tão grande que a dioretoria, isso nos anos setenta e oitenta, teve que transferir a festa momesca para o ginásio, onde aconteceram bailes com grandes e afamados conjuntos musicais e um público de cerca de cinco mil foliões.

O Ginásio de Esportes era tão bem preparado que ainda nos anos oitenta sediou a Convenção Estadual do Lioons Clube, organizado pelos quatro Lions de Canoas: Canoas Centro, Canoas Industrial, Niterói e Santa Rita, abrigando um público de mais de três mil participantes de todo o Brasil.

E foi sob a direção de homens de comportamento e atitudes reconhecidamente ilibadas, que o clube cresceu em prestígio, em número de associados e em conceito no cenário estadual. Mas a partir do final dos anos 80 e início dos 90, com diretorias cuja conduta e administrações davam sinais de suspeita, começou a derrocada, social, administrativa e financeira. E assim, desembocando em diversos processos trabalhistas que levaram a leilão o patrimônio do clube, iniciando pelo terreno da primeira sede, ainda de construção em madeira. Na seqüência o conjunto das três piscinas e o ginásio de esportes e, por fim, a sede social propriamente dita.

Nas fotos, aqui postadas, fazemos homenagem à integridade, a lisura e à dedicação e abnegação de homens como o patrono Arthur Oscar Jochims, Armando De Francheschi, Adão Carvalho, Breno Moura Cunha, Wilson Felizardo Lopes, Eduardo Antpack, Adair Cini, João Pedro Arduin, entre outros tantos que, por certo, ficarão na lembrança e na história do maior e melhor clube social que Canoas já teve. Lamentavelmente delapidado pela incompetência, irresponsabilidade e o sendo de baixo caráter.

Não fosse a insensibilidade e a total ausência de senso comunitário e social, o Grêmio Esportivo Niterói, um dos orgulhos de Canoas, poderia estar comemorando 76 anos de uma dura, porém vitoriosa trajetória, e da qual fui testemunha ocular por três inesquecíveis décadas.

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