Campanha "S.O.S. GRÊMIO NITERÓI"

Canoas, em termos de clubes sociais, parece pré-destinada a jamais conseguir um clube a altura das suas necessidades, expectativas e poder econômico e social. Tentativas e iniciativas de abnegados homens não faltaram nos últimos 80 anos. Desde o Salão do Waldoff, passando depois pela criação do Clube de Bolão Gaúcho, que surgiu da necessidade dos homens praticarem esportes como bocha e bolão. O Clube Comercial, então funcionando na rua Araçá, que desconhecemos a razão da sua extinção. O Clube Cultural Canoense também surgido da iniciativa de um clube voltado, inicialmente, ao futebol, em 21 de março de 1933. E três meses depois, com o objetivo de reunir os esportistas da então Vila Niterói, hoje promovida a bairro, nasceu o Grêmio Esportivo Niterói, exatamente no dia 30 de junho de 1933.

O tempo foi passando e o único clube que foi acompanhando as necessidades e certos modernismos foi o Grêmio Niterói que, deixando a velha sede construida em madeira, passou a ter uma sede social com um certo requinte, como salão de festas com palco e mesanino, mais tarde incrementada pela Boite Bayukas, uma cozinha e copa a altura das expectativas, salas da diretoria e de reuniões. Já nos anos 80, tornava-se pioneiro na construção de piscinas, com um complexo formado por três piscinas, sendo a maior semi-olímpica, e tempos depois proporcionava aos associados a possibilidade da prárica do futsal com seu amplo e bem estruturado ginásio, complementado com palco e mesanino para, na necessidade, receber grandes shows e ou mesmo festa, como o carnaval. Em 14 de março de 1952, ou seja, 19 anos depois, com sede provisória na rua Guilherme Schell, bem no coração de Canoas, era fundada a Sociedade Canoense de Caça, Pesc e Tiro, que visava agregar os adeptos da caça e da pesca.

Oito anos depois, quando o Grêmio Niterói despontava como o melhor clube, com a melhor estrutura social-esportiva, é que a aristocracia canoense se mexeu e resolveu, em 20 de maio de 1960, criar o Canoas Tênis Clube, cujo um dos propósitos era fomentar a prática do tênis. Os anos foram passando e duas décadas e meia depois, novamente a aristocracia, insuflada por um esquema que encobria um doppio giocco, se reuniu no salão social do Canoas Tênis Clube e criou o Canoas Country Club, este projetado essencialmente para ser um clube campestre. Resultante de más administrações e outras que até, oportunisticamente, praticaram golpe financeiro, causando um prejuizo (desvio) de cerca de US$ 100 mil (à época o cruzeiro e o dólar tinham equibvalência, após uma canetada do presidente da República), o CCC acabou sendo, a exemplo do Grêmio Niterói, extinto através de leilões para quitação de dívidas com o FGTS, indenização à secretária do Clube, casualmente a esposa do presidente da última gestão e que foi privilegiada com uma grana bastante significativa, além de outras obrigações legais e com fornecedores.

São iniciativa como a "Campanha S.O.S. Grêmio Niterói", que revela um inconformismo positivo, que Canoas e os Canoenses estão - e isso urge seja feito - precisando.

Para seber mais acesse as páginas: http://sosgremioniterói.blogspot.com e www.sosgremioniteroi.com.br

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Canoas, dois ex-clubes e uma grande necessidade sócio-educacional

Canoas, em termos de clubes sociais, parece pré-destinada a jamais conseguir um clube a altura das suas necessidades, expectativas e realidade econômica-social. Múltiplas iniciativas de se ter um clube social dentro dos parâmetros esperados e que os tornassem realmente em clubes sociais representativos da sociedade canoense conseguiram chegar à realidade. E tudo graças a abnegados homens que se dedicaram com espírito comunitário, mas nada passou daquilo que os saudosos cidadãos projetaram e concretizaram. Tudo parou no tempo, nas más e suspeitas administrações, que levaram dois clubes, com uma certa projeção, à extinção via processos judiciais e leilões para cobrir dívidas promovidas pelos maus administradores ... tal qual na política, IMPUNES.

A demolição dos sonhos tornados realidade passou a acontecer quando alpinistas sociais, dirigentes (?) de baixo caráter e sem nenhum espírito coletivo tomaram conta dos importantes e arrojados projetos da época e, irresponsavelmente foram soterrando o que antes era ambição dos seus idealizadores e fundadores.

Assim foi com o Grêmio Esportivo Niterói, localizado na Rua Marechal Rondon, Bairro Niterói, um privilegiado ponto e um dos bairros mais importantes de Canoas, e também com o aristocrático (?) Canoas Country Club, que ocupava uma invejável área verde de 21,5 hectares. Neste último, excetuada a primeira e provisória diretoria, quando foi presidente executivo Francisco João Setúbal - o Chicão -, ex-gerente da filial Canoas da então Caixa Econômica Estadual -, e como vice-presidente Manoel da Silva (o Maneca), cuja gestão foi de uma conduta ilibada, corretíssima e modelar, as que se seguiram foram incompetentes, oportunistas e outras adotaram práticas ilegais visando proveito próprio, como aconteceu com o ex-presidente (sentenciado em outro processo como estelionatário - Art. 171, do Código Penal Brasileiro - como o processo correu em "segredo de justiça", não nos foi permitido pelo Juiz do Foro da Comarca de Canoas à época, revelar nomes, apenas as iniciais: G.I.L. (quem pesquisar a relação dos ex-presidentes do hoje extinto Canoas Country Clube saberá de quem se trata) e cuja mansão existente no Jardim do Lago, construída com dinheiro furtado através de práticas de estelionato (golpe de mais de US$ 1 milhão à época) da sra. Ilka Leivas Pitta Pinheiro, herdeira da tradicional Família Mathias Velho, e cuja mansão está penhorada pela Justiça), que esteve à testa do Clube Verde e Prata, no período de 1994 a 1998, quando, através de estratagema conscientemente inescrupuloso, afundou o "Clube Verde e Prata" em dívidas, resultante de desvios que, segundo notícias à época, chegavam a US$ 100 mil, e que jamais foram apurados devidamente e nunca cobrados judicialmente. E foi na administração do presidente Altair Stello que o "Clube Verde e Prata" foi à leilão, arrematado por um suposto empresário de Porto Alegre. Comentários, entretanto, dão conta de que um grupo de quatro empresários de Canoas é quem arrematou o Clube pelo valor R$ 1.400.000,00, e cujas dívidas, na ocasião, chagava a cerca de R$ 600.000,00. Assim, como o Gremio Niterói, o Canoas Country Club acabou nas sentenças da Justiça Comum e da Justiça do Trabalho, que determinaram a penhora e, finalmente, o leilão dos bens de ambos os clubes. A derrocada de dois importantes clubes patrocinadas, conscientemente, pela ilegitimidade de práticas ilegais e criminosas.

No momento oportuno nenhum sócio se movimentou em busca de impedir que tal desfecho fosse consumado, e nem procurou arregimentar outros associados, frequentadores e simpatizantes, através de uma campanha tipo S.O.S., para responsabilizar judicial e criminalmente os irresponsáveis e evitar que tal desembocasse em leilões, e com estes a morte dos clubes. Agora, apesar da tentativa de alguns poucos de fazer com que o Município reaveja o Grêmio Niterói, através do Movimento "SOS Grêmio Niterói", sabe-se praticamente irreversível o que já foi desfechado judicialmente.

Mas como diz o ditado, "nunca é terde prá recomeçar", no caso de resgatar, surge um movimento que, através da CAMPANHA S.O.S. GRÊMIO NITERÓI objetiva recuperar, não o clube como tal, mas o antigo clube para transformá-lo em Centro Cultural, Esportivo e Social, sob a égide da Prefeitura Municipal de Canoas. Mas tal sonho e proposta, pelo que tem contatado em termos de interesse do Poder Público Municipal - gestão 2009 e 2010 -, acabará, como tudo que diz respeito ao patrimônio histórico da cidade, em absolutamente nenhuma ação ou atitude oficial de reaver o que ainda é possível.

Assim, espera-se que tal possa também sensibilizar os associados ou ex-associados do Canoas Country Club, cuja área foi arrematada em leilão, por um suposto empresário de Porto Alegre, pela insignificância de R$ 1.400.000,00 (hum milhão e quatro mil reais, valor referente ao ano de 2008), considerando-se ser uma área de 21,5 hectares, com sede em formato galpão crioulo, campo de futebol, duas canchas de tênis, piscina, parque aquático, área com canchas de bocha e churrasqueiras e uma área ecologicamente importante à implantação de projetos e obras que poderia - e ainda poderá se houver vontade política - ser destinada à população, e, em espeial, aos jovens: estudantes e adolescentes.

Fica a expectativa de que a CAMPANHA S.O.S. GRÊMIO NITERÓI seja vitoriosa, ainda que se sabe da desimportância e insensibilidade por parte da Poder Municipal e da complexidade que tal exigirá à sua retomada se algum dia houver essa vontade política e imperar o senso comunitário, e depois impulsione e motive os ex-associados do C.C.C. a promoverem também uma campanha no mesmo sentido, pois que Canoas, como um dos mais importantes municípios do Rio Grande do Sul, com destacado pólo educacional e expressivos parques industrial e comercial, está há muito carecendo de áreas e locais para eventos sociais e esportivos de grande porte, importância e necessidade.
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De "Clube Majestoso" à derrocada criminosa

O Grêmio Esportivo Niterói, fundado no dia 30 de junho de 1933, sob o signo de Câncer, no exato dia em que todos comemoram meio ano o "Clube Grená" comemorava mais um, foi o clube social de Canoas que consegiu, além de um singular quadro associativo, a melhor estrutura social, com uma bela e bem montada sede social, com salão de festas complementado com um palco e um mesanino, e mais uma espaço que tempos depois foi transformado na Boite Bayukas. Um conjunto de três piscinas: infantil, infanto-juvenil e outra semi-olímpica e mais o ginásio de esportes adequadamente preparado para grandes eventos, com palco e mesanino.

Além dos belos e inesquecíveis bailes, jantares de casais organizados sob o signo da Comenda do Pepino, o carnaval foi um grande sucesso. Tão grande que a dioretoria, isso nos anos setenta e oitenta, teve que transferir a festa momesca para o ginásio, onde aconteceram bailes com grandes e afamados conjuntos musicais e um público de cerca de cinco mil foliões.

O Ginásio de Esportes era tão bem preparado que ainda nos anos oitenta sediou a Convenção Estadual do Lioons Clube, organizado pelos quatro Lions de Canoas: Canoas Centro, Canoas Industrial, Niterói e Santa Rita, abrigando um público de mais de três mil participantes de todo o Brasil.

E foi sob a direção de homens de comportamento e atitudes reconhecidamente ilibadas, que o clube cresceu em prestígio, em número de associados e em conceito no cenário estadual. Mas a partir do final dos anos 80 e início dos 90, com diretorias cuja conduta e administrações davam sinais de suspeita, começou a derrocada, social, administrativa e financeira. E assim, desembocando em diversos processos trabalhistas que levaram a leilão o patrimônio do clube, iniciando pelo terreno da primeira sede, ainda de construção em madeira. Na seqüência o conjunto das três piscinas e o ginásio de esportes e, por fim, a sede social propriamente dita.

Nas fotos, aqui postadas, fazemos homenagem à integridade, a lisura e à dedicação e abnegação de homens como o patrono Arthur Oscar Jochims, Armando De Francheschi, Adão Carvalho, Breno Moura Cunha, Wilson Felizardo Lopes, Eduardo Antpack, Adair Cini, João Pedro Arduin, entre outros tantos que, por certo, ficarão na lembrança e na história do maior e melhor clube social que Canoas já teve. Lamentavelmente delapidado pela incompetência, irresponsabilidade e o sendo de baixo caráter.

Não fosse a insensibilidade e a total ausência de senso comunitário e social, o Grêmio Esportivo Niterói, um dos orgulhos de Canoas, poderia estar comemorando 76 anos de uma dura, porém vitoriosa trajetória, e da qual fui testemunha ocular por três inesquecíveis décadas.

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GRÊMIO NITERÓI: Um celeiro de beldades

Nos anos 50 a corrida para a conquista de títulos de beleza ficava entre o Clube Comercial, com sede na Rua Araçá, e o Clube de Bolão Gaúcho, com sua sede à Av. Victor Barreto, antiga "Faixinha", que ligava Canoas a Esteio e Sapucaia do Sul. Dos dois clubes sairam a primeira Glamour-Girl de Canoas, Lacy Rodrigues, em 1955 e a primeira Miss Brotinho de Canoas, Vera Sphor, em 1961.

Nos anos 60 e 70 a concorrência era acirrada entre o Grêmio Esportivo Niterói e o recém fundado Canoas Tênis Clube. E foi Amaryllis Gondin Renz, representando o Grêmio Niterói, a primira a conquistar um título de beleza de ambito estadual: o Cinderela do Calçado do RS, eleita por ocasião da III Fenac, em 1967. Aliás, fruto do meu faro jornalístico e sobre beldades. Incentivada por este blogueiro concorreu e venceu o título municipal. Com a sugestão de que usasse um aplique (era moda à época), foi a Novo Hamburgo, no Restanurante Panorâmico da Fenac, e arrebatou o título estadual. Veio a Canoas acomanhada por uma comitiva singular até então, com o prefeito Hugo Simões Lagranha pontificando o desfile de carros. Foi um evento, sem dúvida, memorável e inesquecível. Na comemoração, dias depois, quando Canoas foi homenageada, também no requintado Restaurante Panorâmico, e quando o Coral de Canoas se apresentou, foi este blogueiro, com orgulho e grande satisfação, o mestre de cerimônia indicado pelo próprio prefeito, e hoje saudoso, Hugo Simões Lagranha.

No anos de 1966, o Grêmio Niterói arrebatou quase todos os títulos de beleza, como Miss Canoas, Rainha da Primavera, Miss Objetiva, Garota do Ano, entre outras. E aí se destacaram a beleza, o charme e o glamour de Ana Beatriz Machado da Silva, Jane Edelci da Silva, Sônia Pistóia e em 1972, já com o conjunto de Piscinas em funcionamento, o "Clube Grená" elegia a belíssima e encantadora Ieda Teresinha Breyer sua primeira Rainha das Piscinas, essa, talvez, a mais bonita entre tantas beldades que surgiram nas passarelas do "Majestoso". Aliás, uma beleza simplesmntente cativante e estonteante que deixou um legado singular.

Foi um tempo em que não havia necessidade de holofotes, pois a própria beleza das gurias (candidatas e presenças nas festas) davam o toque de iluminação e brilho aos eventos. E mais importante: sem que no processo de votação houvesse a famigerada marmelada, fato useiro e vezeiro nos dias de hoje, como aconteceu com uma candidata de Canoas que foi ao Rio disputar o título de Miss Brasil (a escolha (?) da mesma havia sido feita em estilo "apresentação", vejam só, numa boate de Santa Maria. De lá a candidata e os "promoteurs", despois do insucesso, voaram até Florianópiolis onde, como numa mágica, conseguiram uma faixa de Miss Brasil, sem qualquer valor, mas que por certo é guardada como se um troféu de beleza legítimo.

Esse é um bom tema prás "línguas de trapo" ou as "línguas cansadas" constestarem se probatoriamente puderam contestar.

E aqui, nesse rápido rebu (de rebuscado), mostramos algumas das inúmeras garotas bonitas que ajudaram a elevar o nome do Grêmio Niterói, não apenas no município de Canoas, mas também em nível estadual.

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GN: Beldades, Conquistas e criação do MACA

Conforme nosso histórico relato, documentado, o Grêmio Niterói foi clube-berço de inúmeras beldades, que conquistaram importantes títulos de beleza para a galeria das conquistas do "Clube Grená". E desde a sexta-feira, 13 de agosto 1966, quando iniciei a minha trajetória de cronista social, pude acompanhar essa inigualável gama de conquistas, com ênfase nos anos 60 e 70, ou como digo, década diamantina e setentina.

Assim, a representante do GN, Ana Beatriz Machado da Silva foi eleita Miss Canoas 1966. No ano seguinte a beleza inconfundível de Jane Edelci da Silva conquistava nada menos do três títulos de beleza para o Grêmio Niterói em apenas um ano: Miss Objetiva, Rainha da Primavera e Garota Destaque de 1966.

O ano de 1967 seria marcado pelo primeiro título de âmbito estadual, conquistado por Amaryllis Gondin Renz, que foi a primeira candidata fora de Novo Hamburgo a arrebatar a coroa de "Cinderela do Calçados do Rio Grande do Sul", por ocasião da III Fenac, em Novo Hamburgo, e como premio ganhou um Gordini.

Em abril de 1967, iniciativa de um grupo de jovens adolescentes, entre os quais: Demétrio Mário Machidonski, Jorge Uequed, Bruno Pagot, Nelson Faria e Xico Júnior, era criado o MACA - Movimento Assistencial de Canoas, cujos objetivos eram o exercício e o trabalho de filantropia, foi criado justamente no Grêmio Niterói. A presidente, conforme estabelecido pelos estatutos, seria sempre a Miss Canoas. Assim no dia 08 de abril de 1967 Ana Beatriz Machado da Silva tomaria posse como a primeira presidente do MACA, em evento realizado no Grêmio Niterói e que contou com o apoio e o prestígio das principais autoridades municipais.

*** Mais matéria sobre mulher bonita será publicada no próximo post.

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GRÊMIO NITERÓI: Personalidades e eventos que o dignificaram

Antes de adentrarmos no quesito beleza feminina, que muito iluminou as passarelas do "Majestoso", não é demais relembrar os eventos e as personalidades que também deram brilho e prestígio ao "Clube Grená", como preferiam chamar alguns associados e simpatizantes.

E, ainda, em 1973, quando no Grêmio Niterói dei a largada às edições da Festa dos Destaques, reconhecendo pessoas que por uma ou outra razão serviram de modelo por seus comportamentos, suas iniciativas empreendedoras e atitudes de bom caráter, através da entrega do Troféu Imagem, símbolo de merecimento e prestígio, usando a forma inovadora de "Personalidades N.I." para homenagear os homens; "As Dez Mais" (não confundir com "as des mais elegantes", mas sim as dez mais elegantes, ativas e participativas) e o "Catálogo de Brotos", para ´premiar as garotas que conquistavam títulos de beleza ou também como debutante destaque (naquele tempo ainda havia o bom costume dos hoje saudosos Bailes de Debutantes), lá compareciam personalidades como o historiador, poeta e jornalista João Palma da Silva (hoje merecidamente o patrono da Biblioteca Pública Municipal), o jornalista e radialista José Antônio Dauth (que nos deixou de forma misteriosa e nunca desvendada), a simpática e competente Sônia Kraemer, errepê da M. Rosemann e muita gente mais.

Além da gama de personalidades políticas e empresariais que prestigiaram o Grêmio Niterói, nos seus áureos tempos, vamos resgatar os inúmeros shows com artistas de renome nacional, tanto do tempo da Jovem Guarda, como Roberto Carlos, Vanderley Cardoso, Jerry Adriani, Renato e Seus Blues Caps, Os Incríveis e muitos mais, que iremos, gradativamente, mostrando para os saudosistas associados e simpatizantes do "Majestoso".

O salão social, bem como o próprio Ginásio de Esportes e a orla da piscina semi-olímpica serviram de local para a realização de grandes e memoráveis festas de concursos de beleza, festas com shows tendo como atração renomados cantores do cenário nacional (alguns acima relacionados), que, à época, estavam na pauta do dia, a própria Festa dos Destaques que, além de reunir personalidades canoenses e estaduais, congregava a beleza da mulher canoense, fosse pelos concursos ou pela elegância das mulheres que compareciam e davam um brilho todo especial às festas.

Escrevo essas memórias com um grande sentimento de saudosismo, não porque sou simplesmente um nostálgico, mas por representar o período de maior movimentação social, a fase mais borbulhante e mais ativa da sociedade canoense. E lá estava eu e meus incansáveis companheiros fotógrafos (remember Adilson Brilhante, Adolar Darci Azambuja e Nilson Romeu Konrad), registrando cada evento, cada detalhe, destacando os destaques e tornando os fatos, através da minha coluna, memoráveis e parte da fase mais importante da história social de Canoas.

*** Fiquem atentos, comentem, participem, colabore com informações e fotos para o e-mail: la-stampa@ig.com.br , para que possamos enriquecer cada vez mais este espaço que, de início, busca resgatar e resguardar as coisas relacionadas com o Grêmio Niterói, extinto da forma mais dramática: foi leiloado como conseqüência das últimas e más administrações.

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GRÊMIO NITERÓI: o clube "Majestoso"

Canoas, pelas decanas pesquisas e informações constantes do livro "Almanaque Canoas 2009", a quinta obra deste autor, teve alguns clubes sociais no início do século. Porém, todos de um único proprietário, como o Salão Waldoff. Mas o clube, como associação, mais antigo de Canoas é o Clube de Bolão Gaúcho, fundado em 28/02/1926, cuja primeira sede funcionava na Av. Victor Barreto, em frente à passagem de trem que hávia na rua Araçá. O segundo mais antigo clube social da cidade foi o Clube Cultural Canoense, este fundado em 21/03/1933, portanto há 76 anos servindo a sociedade canoense. Três meses depois, ou seja, no dia 30/06/1933, era fundado o Grêmio Esportivo Niterói, inicialmente como um clube esportivo, passando depois a congregar a sociedade da Vila Niterói (hoje elevado a Bairro), tornando-se um dos mais importantes, tradicionais e prestigiados clubes sociais do Município de Canoas.

Foram seus fundadores, entre outros tantos, o homem de negócios, ex-vereador e loteador da Vila Nitheroy, Arthur Oscar Jochims e o comerciante Armando De Francheschi, que foi reconhecido com o título de "Cidadão Canoense", concedido pela Câmara Municipal de Canoas. Além dessas personalidades de espírito comunitário, pelas diretorias do Grêmio Niterói passaram também Eduardo Antpack, Adair Cini, Adão Carvalho, Wilson Felizardo Lopes e João Pedro Arduin. Foram administrações que sempre perseguiram o senso de congregação da comunidade, dirigiram o "Clube Grená" com ilibadas posturas e atitudes. Depois, a partir do final dos anos 80, já sob a direção de outros administradores, o clube começou a entrar na sua trajetória de derrocada, até a falência por irresponsabilidade dos dirigentes.

No auge da existência, da movimentação social e da representatividade que o Grêmio Niterói desfrutava, era chamado, além do "Clube Grená, devido as suas cores, também de "Majestoso", em razão da sua importância no contexto social de Canoas.

As fotos, quiçá das últimas que lembram a boa fase do "Clube Grená", nos dão uam rápida idéia do que era e do que representava o Grêmio Esportivo Niterói para a vida social canoense, tanto no que diz respeito à vida social, quanto à esportiva e carnavalesca. E foi sob o signo do GN que muitas moças conquistaram importantes títulos de beleza de inconteste significado em Canoas e até em âmbito estadual.

*** No próximo post estaremos abordando e resgatando personalidades e eventos que dignificaram o "Majestoso" Grêmio Esportivo Niterói.

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NITERGATE: A quase solvência do Grêmio Niterói

Há 43 anos, como jornalista e cronista social, venho acompanhando, pesquisando e coletando material sobre a vida social de Canoas. E de tempos em tempos a vejo se desfazendo ante os olhares indiferentes das autoridades, dos políticos, das lideranças comunitárias e dos próprios associados dos clubes sociais. Clubes que desaparecem como por encanto ante administrações irresponsáveis, mal intencionadas e até através de atos ilícitos.

Lembro que no ano de 1973, por ocasião da primeira edição da Festa dos Destaques, na qual eu, como cronista social, outorgava à personalidades municipais e estaduais o Troféu Imagem como reconhecimento por modelares trabalhos, atitudes e comportamentos, acabei - e por acaso do destino - descobrindo a sistemática de desvios de recursos do clube que vinha sendo praticada no Grêmio Esportivo Niterói pelo então presidente Carlos Körting. A revelação de tal situação havia sido denunciada, via telefonema, pelo então diretor social Manoel Wissmann, o Neco, ao presidente do Conselho Deliberativo do "Clube Grená", João Pedro Arduin. E tudo, como disse, aconteceu por uma acaso do destino, pois que foi através de uma linha cruzada quando tentava contatar com o diretor social Neco para confirmar a programação social do clube.

Tal feito denunciei na minha coluna social no semanário O Timoneiro, sob o título NITERGATE, título inspirado no caso Watergate, que acabou por obrigar ao presidente norte-americano Richard Nixon, a renunciar e tempos depois gerou o livro "Todos os Homens do Presidente", de autoria dos jornalistas do Washington Post, Carl Bernstein e Bob Woodward. O final desse enredo foi a deposição e a expulsão do então presidente do Grêmio Niterói dos quadros do clube. Assim, fui peça importante e definitiva à salvação da provável solvência do "Clube Grená", ainda na década de 70.

É fato, porém, que depois das muitas reuniões dos Conselhos Deliberativo e Fiscal do Clube, que contou com a cobertura da Rádio Real pelo saudoso repórter Gomercindo Lemos e do próprio semanário O Timoneiro e, por fim, a expulsão do Presidente dos quadros do clube, fui, por duas vezes, quase vitimado por atropelamento pelo então presidente deposto Carlos Körsting.

Em meados do ano de 1973 eu, como cronista social, promovia a I Festa dos Destaques no Grêmio Niterói. E em 1976, novamente no Grêmio Niterói, sob o signo deste jornalista, acontecia a IV Festa dos Destaques, com a outorga do Troféu Imagem, quando foram distingüidos, entre outras personalidades, Lydia Moschetti, que fundou a Associação de Proteção dos Animais; o craque Paulo Roberto Falcão, então do S. C. Internacional e Seleção Brasileira e depois do Roma / Itália; o ecologista José Lutzemberg e a atriz Diana Rejane Schuamnn, natural de Canoas, que à época trabalhava em novelas da Rede Globo.

*** A memória do histórico Grêmio Esportivo Niterói continuará nas próximas postagens.

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