Canoas, em termos de clubes sociais, parece pré-destinada a jamais conseguir um clube a altura das suas necessidades, expectativas e realidade econômica-social. Múltiplas iniciativas de se ter um clube social dentro dos parâmetros esperados e que os tornassem realmente em clubes sociais representativos da sociedade canoense conseguiram chegar à realidade. E tudo graças a abnegados homens que se dedicaram com espírito comunitário, mas nada passou daquilo que os saudosos cidadãos projetaram e concretizaram. Tudo parou no tempo, nas más e suspeitas administrações, que levaram dois clubes, com uma certa projeção, à extinção via processos judiciais e leilões para cobrir dívidas promovidas pelos maus administradores ... tal qual na política, IMPUNES.
A demolição dos sonhos tornados realidade passou a acontecer quando alpinistas sociais, dirigentes (?) de baixo caráter e sem nenhum espírito coletivo tomaram conta dos importantes e arrojados projetos da época e, irresponsavelmente foram soterrando o que antes era ambição dos seus idealizadores e fundadores.
Assim foi com o Grêmio Esportivo Niterói, localizado na Rua Marechal Rondon, Bairro Niterói, um privilegiado ponto e um dos bairros mais importantes de Canoas, e também com o aristocrático (?) Canoas Country Club, que ocupava uma invejável área verde de 21,5 hectares. Neste último, excetuada a primeira e provisória diretoria, quando foi presidente executivo Francisco João Setúbal - o Chicão -, ex-gerente da filial Canoas da então Caixa Econômica Estadual -, e como vice-presidente Manoel da Silva (o Maneca), cuja gestão foi de uma conduta ilibada, corretíssima e modelar, as que se seguiram foram incompetentes, oportunistas e outras adotaram práticas ilegais visando proveito próprio, como aconteceu com o ex-presidente (sentenciado em outro processo como estelionatário - Art. 171, do Código Penal Brasileiro - como o processo correu em "segredo de justiça", não nos foi permitido pelo Juiz do Foro da Comarca de Canoas à época, revelar nomes, apenas as iniciais: G.I.L. (quem pesquisar a relação dos ex-presidentes do hoje extinto Canoas Country Clube saberá de quem se trata) e cuja mansão existente no Jardim do Lago, construída com dinheiro furtado através de práticas de estelionato (golpe de mais de US$ 1 milhão à época) da sra. Ilka Leivas Pitta Pinheiro, herdeira da tradicional Família Mathias Velho, e cuja mansão está penhorada pela Justiça), que esteve à testa do Clube Verde e Prata, no período de 1994 a 1998, quando, através de estratagema conscientemente inescrupuloso, afundou o "Clube Verde e Prata" em dívidas, resultante de desvios que, segundo notícias à época, chegavam a US$ 100 mil, e que jamais foram apurados devidamente e nunca cobrados judicialmente. E foi na administração do presidente Altair Stello que o "Clube Verde e Prata" foi à leilão, arrematado por um suposto empresário de Porto Alegre. Comentários, entretanto, dão conta de que um grupo de quatro empresários de Canoas é quem arrematou o Clube pelo valor R$ 1.400.000,00, e cujas dívidas, na ocasião, chagava a cerca de R$ 600.000,00. Assim, como o Gremio Niterói, o Canoas Country Club acabou nas sentenças da Justiça Comum e da Justiça do Trabalho, que determinaram a penhora e, finalmente, o leilão dos bens de ambos os clubes. A derrocada de dois importantes clubes patrocinadas, conscientemente, pela ilegitimidade de práticas ilegais e criminosas.
No momento oportuno nenhum sócio se movimentou em busca de impedir que tal desfecho fosse consumado, e nem procurou arregimentar outros associados, frequentadores e simpatizantes, através de uma campanha tipo S.O.S., para responsabilizar judicial e criminalmente os irresponsáveis e evitar que tal desembocasse em leilões, e com estes a morte dos clubes. Agora, apesar da tentativa de alguns poucos de fazer com que o Município reaveja o Grêmio Niterói, através do Movimento "SOS Grêmio Niterói", sabe-se praticamente irreversível o que já foi desfechado judicialmente.
Mas como diz o ditado, "nunca é terde prá recomeçar", no caso de resgatar, surge um movimento que, através da CAMPANHA S.O.S. GRÊMIO NITERÓI objetiva recuperar, não o clube como tal, mas o antigo clube para transformá-lo em Centro Cultural, Esportivo e Social, sob a égide da Prefeitura Municipal de Canoas. Mas tal sonho e proposta, pelo que tem contatado em termos de interesse do Poder Público Municipal - gestão 2009 e 2010 -, acabará, como tudo que diz respeito ao patrimônio histórico da cidade, em absolutamente nenhuma ação ou atitude oficial de reaver o que ainda é possível.
Assim, espera-se que tal possa também sensibilizar os associados ou ex-associados do Canoas Country Club, cuja área foi arrematada em leilão, por um suposto empresário de Porto Alegre, pela insignificância de R$ 1.400.000,00 (hum milhão e quatro mil reais, valor referente ao ano de 2008), considerando-se ser uma área de 21,5 hectares, com sede em formato galpão crioulo, campo de futebol, duas canchas de tênis, piscina, parque aquático, área com canchas de bocha e churrasqueiras e uma área ecologicamente importante à implantação de projetos e obras que poderia - e ainda poderá se houver vontade política - ser destinada à população, e, em espeial, aos jovens: estudantes e adolescentes.
Fica a expectativa de que a CAMPANHA S.O.S. GRÊMIO NITERÓI seja vitoriosa, ainda que se sabe da desimportância e insensibilidade por parte da Poder Municipal e da complexidade que tal exigirá à sua retomada se algum dia houver essa vontade política e imperar o senso comunitário, e depois impulsione e motive os ex-associados do C.C.C. a promoverem também uma campanha no mesmo sentido, pois que Canoas, como um dos mais importantes municípios do Rio Grande do Sul, com destacado pólo educacional e expressivos parques industrial e comercial, está há muito carecendo de áreas e locais para eventos sociais e esportivos de grande porte, importância e necessidade.
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